terça-feira, 22 de setembro de 2009

Entrelinhas

por Daniela Rocha
Compareceu...
A possibilidade de ausência do superintendente do Saae, José Luiz Cabral, na sessão de Câmara desta semana (14) foi descartada com a presença do representante da população, atendendo ao chamado do vereador Valdir Vitorino (PDT). A maioria dos legisladores teceu questões a Cabral, a fim de que denúncias sobre a autarquia fossem sanadas. Irregularidades com o Tribunal de Contas, descumprimento de cláusulas do projeto do reajuste da água, demora no pedido de adequação de hidrômetros foram alguns pontos de divergência entre Cabral e legisladores.

O reajuste
Evidentemente, o reajuste de 31,7% da tarifa da água foi mencionado no dia. Segundo Cabral, o Tribunal de Contas exigiu, em 2006, que o município equiparasse o valor da tarifa com os da Sabesp, promessa, que segundo o superintendente, não foi cumprida pela administração anterior. Apresentando as benfeitorias que foram, serão e estão sendo feitas na autarquia, Cabral garantiu que a população pode ter certeza de que “o Saae será outra coisa daqui 4 anos”. É o que esperamos, já que para incentivar as melhorias a população foi ‘convidada’ a gastar 31,7% a mais em suas contas de água, aumento de arrecadação que certamente está incluso na cifra de R$ 1.500.000,00, acumulado, previsto para o meio do ano que vem.

As prováveis melhorias com o término do contrato com a Corpus
Os buracos nas ruas da cidade também se tornaram pauta fixa nas sessões de Câmara de Capivari. Uns agradecem o atendimento a indicações por parte da secretaria de Obras, outros reclamam que nunca são atendidos. Uma hora o problema é que queda de arrecadação deste ano, gerada pela crise mundial; outra é o planejamento orçamentário efetuado pela administração anterior; e agora é problema é o contrato com a Corpus. Segundo a vereadora Gilceane Orosco Malto (DEM), a secretária de Obras, Joceli Cardoso, informou que muitas melhorias serão realizadas na malha viária da cidade após o término do contrato com a Corpus, empresa contratada para recolher o lixo da cidade, entre outros serviços. “Na reunião que tivemos com a Joceli, ela explicou que hoje cada caminhão de massa custa R$ 5.000,00, e com o fim do contrato, previsto para o mês que vem, o município poderá fazer esse serviço por bem menos”, defende a legisladora.

Todos podem participar...
Uma hora antes do inicio da sessão de Capivari desta semana (14), foi oficializado o lançamento da cartilha Papel do Vereador: um manual de exercício da cidadania. Segundo o presidente da casa, Rodrigo Proença (PPS), a participação nas palestras nas escolas estaduais está aberta a todos os vereadores, sendo que a maioria não poderá comparecer, uma vez que não podem se ausentar das atividades profissionais. Entretanto, a vereadora Gilceane Orosco Malto (DEM) questionou o chefe de gabinete, Ricardo Cruzatto, do lado de fora da casa legislativa, sobre sua participação, alegando que ninguém a convidou para participar das palestras. Cruzatto, mais conhecido como Zata, afirmou que Gil poderia sim fazer parte dos encontros, informando horário, dia e local da primeira palestra.

Vamos informar a imprensa
Na última quarta-feira (16), por volta das 16h, a Câmara de Vereadores de Capivari começou a ser povoada por secretários do Poder Executivo do município. Aos poucos, todos os chefes das pastas executivas foram lotando o corredor da casa. Como nada foi informado a imprensa, a reportagem do jornal A Gazeta questionou o chefe de gabinete, mais conhecido como Zata, sobre o que iria acontecer no local. Zata se esquivou da pergunta alegando que não sabia do que iria acontecer, e depois justificou que as informações seriam passadas no final da reunião.
A sorte
Ainda bem que a secretária de Comunicação, Claudia Armelin, chegou no local esclarecendo que o motivo da movimentação era uma reunião entre secretariado e prefeito que prevê a implantação de um Plano de Gestão de Resultados que será implantado no município, sendo que todas as pastas devem participam do projeto, porém antes precisam entender como funciona, e por isso a reunião.
Amigo Zata não faça isso com a imprensa. Você, um jornalista renomado no município, sabe o quanto é complicado e injusto esse tipo de postura. Além do mais, também sabe que as informações podem demorar para chegar, mas sempre chegam ‘no ouvido’ dos comunicadores...
Privatização?
Existe um boato circulando no bairro Morada do Sol de que o Parque Ecológico de Capivari será privatizado. Isso mesmo. Segundo informações, a ideia é entregar o local à uma empresa da cidade vizinha de Americana, que se tornaria a responsável por cuidar do espaço. Vamos refletir: privatizar um dos únicos locais de diversão e entretenimento da população é uma atitude justa? Um espaço como o do Parque Ecológico repleto de árvores nativas, quadras esportivas, parques de diversão para as crianças, pista de caminhada, deve ser gerenciada por uma empresa de fora para que não fique abandonado? A população não tem o direito de ter acesso, gratuitamente, ao local? Nosso governo não consegue manter organizado o espaço e precisa passar a responsabilidade a terceiros que cobrarão o acesso da população? Deprimente...

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