segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Horário de verão começa no dia 18 de outubro em três regiões do país


O horário de verão deste ano terá início a zero hora do dia 18 de outubro, quando os relógios deverão ser adiantados uma hora. A medida ficará em vigor até a 0h do dia 21 de fevereiro de 2010. A mudança será para os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

Desde o ano passado, o decreto 6.558 estabeleceu datas fixas para o início e término do horário de verão no País. De acordo com o decreto, em todos os anos a mudança no horário ocorrerá no terceiro domingo de outubro e terminará no terceiro domingo de fevereiro. Se a data coincidir com o domingo de Carnaval, o final do horário de verão é transferido para o domingo seguinte.
Histórico
Essa será a 36ª vez que a medida é implantada no país. O horário de verão é adotado sempre nesta época do ano por causa do aumento na demanda, resultado do calor e do crescimento da produção industrial às vésperas do Natal. Nesse período, os dias têm maior duração por causa da posição da terra em relação ao sol, e a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada.
O horário de verão foi adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, com duração de cinco meses. Até 1967 a mudança no horário ocorreu onze vezes. Desde 1985, no entanto, a medida vem sendo adotada sem interrupções, com diferenças apenas nos Estados em que esta mudança é adotada, e no período de duração.

Nos últimos 10 anos, segundo o Ministério de Minas e Energia, a adoção do horário de verão possibilitou uma redução média de 4,7% na demanda por energia no horário de maior consumo, chamado horário de "pico", que ocorre entre 18h e 21h. Essa redução significa que as usinas deixaram de gerar, no horário de pico da carga, cerca de 2.000 MW (megawatts) a cada ano ou 65% da demanda do Rio de Janeiro, ou ainda 85% da demanda de Curitiba.

Economia
A previsão de redução da demanda para esta edição é 4,4% nas regiões sudeste e centro-oeste (1.780 MW) ou o suficiente para abastecer uma cidade com 5 milhões de habitantes. No sul, a previsão é de 4,5% de redução na demanda, o que representa 490 MW, uma cidade com 1,5 milhão de pessoas. Já a redução total da energia consumida será de 0,5%, cerca de 450 GWh no sudeste e centro-oeste e 130 GWh no sul.

Contexto internacional
Atualmente vários países no mundo fazem mudança no horário convencional para aproveitar a luminosidade do verão. Os países membros da União Européia, a maioria dos países que formavam a antiga União Soviética, a maioria do Oriente Médio (Irã, Iraque, Síria, Líbano, Israel, Palestina), parte da Oceania (Austrália, em parte do seu território, e Nova Zelândia), a América do Norte (Canadá, Estados Unidos e México), alguns da América Central (Cuba, Honduras, Guatemala, Haiti e Bahamas), e da América do Sul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile).
Nos Estados Unidos da América, a medida se consolida no chamado “Daylight Saving Time”, que começa normalmente no primeiro domingo de abril e dura até o último domingo de outubro. Mas assim como nas demais regras e regulamentos, os estados da Federação tem certa autonomia para definir as regras do horário de verão. Na União Européia, também é adotado o “horário de verão”, iniciando-se à uma hora da Hora Universal (“Greenwich Mean Time”), no último domingo de março, e finalizando-se no último de outubro, assim como nos Estados Unidos.A Austrália e o Brasil adotam a medida apenas em parte do seu território na maioria das vezes, devido aos aspectos técnicos da própria aplicação. Como parte do território destes países está localizada próxima à linha do equador, as diferenças de luminosidade entre as estações do ano são bem menos acentuadas, oferecendo condições técnicas menos favoráveis para a aplicação da medida.

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