terça-feira, 22 de setembro de 2009

Você na Gazeta

O sonho de viver em paz...

Tranqüilidade, paz interior, contato com a natureza. Essas são algumas das metas do artesão de 28 anos, Roberto Viana. Nascido em Ourinhos, interior do estado de São Paulo, depois de viajar e morar em muitas cidades do Brasil, Viana vive hoje em Capivari. “A única coisa que gosto de fazer é isso: conhecer e conversar com os demais”.

Buscou a cidade como morada graças à mãe que se mudou para a cidade dos poetas em busca de sossego. Há dois anos, o artesão confecciona e vende seus produtos manuais em uma das principais ruas capivariana. “Todo dia vendo um pouquinho, apesar das pessoas não gostarem tanto de produtos artesanais”, comenta Viana que para se adequar ao ‘gosto do freguês’ passou a comprar peças industriais procuradas pelos clientes logo que veio para Capivari. Apesar da falta de reconhecimento pelos trabalhos artesanais, Viana confessa que nunca pensou em sair do ramo, atividade desempenhada desde sua maioridade.

É desta forma que o artesão segue a vida. Aos finais de semana viaja para cidades vizinhas, apresentando suas peças feitas com sementes e folhas de árvores, arame modelado e até cascas de coco pirografadas. Segundo Viana, a procura por este tipo de produto é maior em cidades turísticas e universitárias, onde este público opta por enfeites diferenciados.

Apesar da baixa procura, o que mais preocupa Viana é a crescente postura maldosa das pessoas que na maioria das vezes buscam tirar proveito de todas as situações. “Se o pessoal seguisse os ensinamentos cristãos muita coisa ia melhorar, mas as pessoas só pensam em dinheiro. Espero que isso mude, só não sei quando isso vai acontecer, porque o que vejo, cada dia que passa, é mais pessoas pensando assim”, pondera o artesão que afirma que ‘corre’ de pessoas ruins.
Questionado sobre a melhor maneira de se viver frente à essa realidade, ele defende que o ideal é ‘saber levar’ a vida, não esquentando muita a cabeça e fazendo sua parte para que o mundo melhore”.

Entrelinhas

por Daniela Rocha
Compareceu...
A possibilidade de ausência do superintendente do Saae, José Luiz Cabral, na sessão de Câmara desta semana (14) foi descartada com a presença do representante da população, atendendo ao chamado do vereador Valdir Vitorino (PDT). A maioria dos legisladores teceu questões a Cabral, a fim de que denúncias sobre a autarquia fossem sanadas. Irregularidades com o Tribunal de Contas, descumprimento de cláusulas do projeto do reajuste da água, demora no pedido de adequação de hidrômetros foram alguns pontos de divergência entre Cabral e legisladores.

O reajuste
Evidentemente, o reajuste de 31,7% da tarifa da água foi mencionado no dia. Segundo Cabral, o Tribunal de Contas exigiu, em 2006, que o município equiparasse o valor da tarifa com os da Sabesp, promessa, que segundo o superintendente, não foi cumprida pela administração anterior. Apresentando as benfeitorias que foram, serão e estão sendo feitas na autarquia, Cabral garantiu que a população pode ter certeza de que “o Saae será outra coisa daqui 4 anos”. É o que esperamos, já que para incentivar as melhorias a população foi ‘convidada’ a gastar 31,7% a mais em suas contas de água, aumento de arrecadação que certamente está incluso na cifra de R$ 1.500.000,00, acumulado, previsto para o meio do ano que vem.

As prováveis melhorias com o término do contrato com a Corpus
Os buracos nas ruas da cidade também se tornaram pauta fixa nas sessões de Câmara de Capivari. Uns agradecem o atendimento a indicações por parte da secretaria de Obras, outros reclamam que nunca são atendidos. Uma hora o problema é que queda de arrecadação deste ano, gerada pela crise mundial; outra é o planejamento orçamentário efetuado pela administração anterior; e agora é problema é o contrato com a Corpus. Segundo a vereadora Gilceane Orosco Malto (DEM), a secretária de Obras, Joceli Cardoso, informou que muitas melhorias serão realizadas na malha viária da cidade após o término do contrato com a Corpus, empresa contratada para recolher o lixo da cidade, entre outros serviços. “Na reunião que tivemos com a Joceli, ela explicou que hoje cada caminhão de massa custa R$ 5.000,00, e com o fim do contrato, previsto para o mês que vem, o município poderá fazer esse serviço por bem menos”, defende a legisladora.

Todos podem participar...
Uma hora antes do inicio da sessão de Capivari desta semana (14), foi oficializado o lançamento da cartilha Papel do Vereador: um manual de exercício da cidadania. Segundo o presidente da casa, Rodrigo Proença (PPS), a participação nas palestras nas escolas estaduais está aberta a todos os vereadores, sendo que a maioria não poderá comparecer, uma vez que não podem se ausentar das atividades profissionais. Entretanto, a vereadora Gilceane Orosco Malto (DEM) questionou o chefe de gabinete, Ricardo Cruzatto, do lado de fora da casa legislativa, sobre sua participação, alegando que ninguém a convidou para participar das palestras. Cruzatto, mais conhecido como Zata, afirmou que Gil poderia sim fazer parte dos encontros, informando horário, dia e local da primeira palestra.

Vamos informar a imprensa
Na última quarta-feira (16), por volta das 16h, a Câmara de Vereadores de Capivari começou a ser povoada por secretários do Poder Executivo do município. Aos poucos, todos os chefes das pastas executivas foram lotando o corredor da casa. Como nada foi informado a imprensa, a reportagem do jornal A Gazeta questionou o chefe de gabinete, mais conhecido como Zata, sobre o que iria acontecer no local. Zata se esquivou da pergunta alegando que não sabia do que iria acontecer, e depois justificou que as informações seriam passadas no final da reunião.
A sorte
Ainda bem que a secretária de Comunicação, Claudia Armelin, chegou no local esclarecendo que o motivo da movimentação era uma reunião entre secretariado e prefeito que prevê a implantação de um Plano de Gestão de Resultados que será implantado no município, sendo que todas as pastas devem participam do projeto, porém antes precisam entender como funciona, e por isso a reunião.
Amigo Zata não faça isso com a imprensa. Você, um jornalista renomado no município, sabe o quanto é complicado e injusto esse tipo de postura. Além do mais, também sabe que as informações podem demorar para chegar, mas sempre chegam ‘no ouvido’ dos comunicadores...
Privatização?
Existe um boato circulando no bairro Morada do Sol de que o Parque Ecológico de Capivari será privatizado. Isso mesmo. Segundo informações, a ideia é entregar o local à uma empresa da cidade vizinha de Americana, que se tornaria a responsável por cuidar do espaço. Vamos refletir: privatizar um dos únicos locais de diversão e entretenimento da população é uma atitude justa? Um espaço como o do Parque Ecológico repleto de árvores nativas, quadras esportivas, parques de diversão para as crianças, pista de caminhada, deve ser gerenciada por uma empresa de fora para que não fique abandonado? A população não tem o direito de ter acesso, gratuitamente, ao local? Nosso governo não consegue manter organizado o espaço e precisa passar a responsabilidade a terceiros que cobrarão o acesso da população? Deprimente...

Aulas de artesanato retomam autoestima de alunos

Projeto Mãos Que Fazem da Prefeitura de Capivari acolhe e trabalha as potencialidades
de pessoas que esqueceram da importância de suas vidas na sociedade
A dona de casa, Lourdes da Silva, foi uma das primeiras alunas a se inscrever nos cursos oferecidos pelo Cras (Centro de Referência de Assistência Social) Segundo ela, todos os dias tinha a necessidade de ‘inventar’ alguma coisa para fazer em casa, com o objetivo de se sentir melhor. Resultado de um estágio depressivo, Lourdes conta que não sabia mais o que fazer de sua vida, sendo que quando o Cras foi inaugurado vislumbrou uma luz no fim do túnel. “Eu achava que não ia conseguir e hoje eu consigo até fazer os trabalhos sozinha em casa. Continuo fazendo todos os cursos e até hoje, quando não venho ao curso, tenho a sensação que não existo”.

Edson Modesto concorda com a amiga de curso e encara as aulas como terapia. Ele lembra que quando não fazia parte do grupo, passava os dias assistindo televisão ou brincando na casa do vizinho, o que não era muito frutífero. Realidade completamente diferente da atual, já que passa a maior parte do tempo da semana no Cras. “Minha mãe até fala brincando para eu mudar para cá de vez, porque fico mais aqui do que em casa”, comenta sorrindo.
Essa sensação acomete todos os alunos dos diversos cursos ministrados pelo projeto Mãos que fazem, inclusive a recém-companheira de sala, Maria de Fátima Leite, que participa das aulas há apenas dois meses. A história de Maria comprova que mais um caso de depressão está sendo tratado por meio dos cursos de artesanato.
Ela conta que já não tinha mais força para realizar os trabalhos domésticos, pois estava muito desanimada com a vida. Sendo que apesar do pouco tempo de história junto ao grupo, essa realidade mudou muito. “Hoje mesmo corri para arrumar minha casa, deixar tudo limpo, para vir para o curso. Fiz essa escolha porque não queria me tornar dependente de antidepressivo”, esclarece.

Esses depoimentos emocionaram tanto a professora de artes, Sílvia Cristina Farias, como a responsável pelo Cras, Giovana Cardoso, que entende o grupo como uma grande família em que um precisa do outro para sobreviver.

Com lágrimas nos olhos, a professora Sílvia comentou que não existem palavras para definir a satisfação em realizar o trabalho, sendo que a relação entre professor e aluno ultrapassa os moldes convencionais de ensino. “Não os considero mais como meus alunos, e sim como meus fiéis escudeiros. Eles são minhas pernas, meus braços, enfim, somos parceiros, companheiros”, declara.

A emoção também toma conta de Giovana que enfatiza as inúmeras conversas realizadas entre o grupo focando sempre nos sentimentos dos envolvidos e na importância destes para a sociedade. “Eles são maravilhosos, esforçados, bondosos”, define.

Os cursos
O espaço oferece aulas de pintura em tela, de pintura em madeira, de lembrancinhas para festas e de reciclagem, no qual garrafas e embalagens recicláveis, retalhos de tecido e jornal, entre outros materiais, são utilizados e transformados em arte. Arte está que mexe ativamente com a sensibilidade do grupo.

Além dos resultados terapêuticos obtidos com os cursos, os materiais produzidos pelos alunos são vendidos em feiras de artesanato e exposições resultando em geração de renda a estas pessoas que não estão inseridas no mercado de trabalho.

É importante evidenciar que são nesses eventos que os alunos, ou melhor, os artesãos, notam a valorização de suas obras. “Para mim é como se fosse uma vitória. Como se eu fosse reconhecido pelas coisas que a professora ensina”, defende Modesto. Lourdes concorda com o companheiro de oficio e declara: “É um orgulho muito grande. Não conseguia fazer nada e fico muito feliz vendo que o que produzo é vendido e admirado”.

Essas sensações retomaram o direito de sonhar de todo o grupo. Lourdes sonha em montar um ateliê e trabalhar com a professora Sílvia, podendo ajudar ainda mais as pessoas que querem aprender. Já a novata Maria de Fátima pretende dar continuidade ao curso e se tornar uma voluntária, ministrando aulas de tricô. Esse desejo é o de muitos alunos e por isso o grupo já institui o Dia do Professor. Nessa data a professora virará aluna e os alunos professores, estimulando ainda mais a troca de experiências.

Visando intensificar a venda das obras de arte, o grupo já se organiza para montar uma cooperativa que será voltada para a venda dos produtos. Palestras sobre empreendedorismo já foram ministrados, e outras ainda o serão, sendo que a documentação da cooperativa será providenciada no final deste ano. A expectativa é que no ano que vem todos possam vislumbrar novos horizontes, instituindo, definitivamente, o ofício adquirido: de artesão, remunerado.

Alunos são instruídos a não se envolver com drogas

Por meio de um projeto da Polícia Militar, alunos das escolas estaduais e municipais de Capivari recebem esclarecimentos educacionais voltados à resistência às drogas










Soldado Carciofi interagindo com os alunos da 6ª série da escola estadual Padre Fabiano

946 alunos de cinco escolas estaduais e cinco escolas municipais capivarianas, recebem semanalmente aulas preventivas sobre a importância do não envolvimento com o mundo das drogas. O projeto iniciado no país em 1992, resultado da parceria entre a Polícia Militar e a Secretaria de Educação estaduais, chegou em Capivari no ano passado, sendo que foi retomado no início desse ano, pelo soldado da PM Carciofi.

Segundo o soldado, para se tornar um ‘proerdiano’, foi necessário a participação no curso, ministrado na capital paulista com duração de 15 dias. Posteriormente, foi exigido um estágio, a fim de que o entendimento dos ensinamentos fossem comprovados, para finalmente retornar a Capivari e iniciar a aplicação das aulas. “Resolvi fazer algo mais, além da ronda escolar e a instrução nas ruas, que não surtiam o mesmo efeito. Como já era professor de educação física, já estava acostumado a ministrar aulas nas escolas”, esclarece.

No primeiro semestre deste ano, alunos das cidades de Rafard e Capivari já haviam passado pelo curso, recebendo, inclusive, diplomas e medalhas por meio da formatura do curso, realizado no ginásio do ‘Ronaldão’, em Capivari. De acordo com Carciofi, a expectativa é a mesma para as turmas desse semestre, que tem a formatura prevista para os meses de novembro e dezembro. “O melhor aluno de cada série recebe uma medalha, sendo que todos recebem diploma em meio ao evento cívico que também é marcado pela canção do Proerd”, comenta.

Aluno da 6ª série da escola estadual Padre Fabiano de Camargo, G.P., 12, julga interessante o curso e a interação com os amigos de sala por meio das atividades da apostila. “Depois das aulas conversamos sobre como é ruim fumar e usar drogas”, afirma o menor sobre os diálogos entre os estudantes.

W.F.L., 12, concorda com o amigo de sala, avaliando ser muito importante entender o que as drogas trazem para a vida das pessoas. Ela afirma isso porque conquistou uma vitória familiar por meio dos ensinamentos obtidos na aula. “Meu irmão mexia com drogas e me perguntou o que havia aprendido sobre a reação do uso. Expliquei para ele e disse que só tava se prejudicando, aí ele parou de usar”, diz a menor.


O projeto
O Proerd foi criado pela polícia norte-americana no ano de 1983, intitulado como D.A.R.E. (Drug Abuse Resistence Education). A versão brasileira foi implantada nove anos mais tarde, com o objetivo inicial do programa: estimular uma ação conjunta entre a PM, professores, estudantes e pais, visando a prevenção e a redução do uso indevido de drogas, como também a violência entre os estudantes. Em suma, o projeto prevê a conscientização das crianças e seus familiares quanto a importância da resistência às drogas, apesar das pressões e influências diárias para o uso e a prática da violência.

De acordo com a introdução da apostila cedida aos alunos, “o Proerd é mais um fator de proteção desenvolvido pela Polícia Militar para a valorização da vida, contribuindo assim, para o fortalecimento da cultura da paz e a construção de uma sociedade mais saudável e feliz”.
A apostila apresenta simulações de situações de risco a fim de que os alunos interpretem a história, vivenciando ainda que por meio de simulações, os fatos correntes no mundo dessa ilegalidade, inibindo assim, o interesse no ingresso nas drogas.

Imagem da Semana


As ruas de Rafard também são usadas como depósitos de
podas de árvores, incomodando moradores

Frases da Semana

Fico contente que atenderam seu pedido companheiro [Nelson Soares], que já pedi há oito meses em outros bairros e até agora não foi feito”. Vereador Edson Bombonatti (PDT) – Capivari

Sobre indicações de lombadas não atendidas pelo Poder Executivo Municipal.



Só deixando claro que não é por ser líder de governo que estou tendo privilégios.” Vereador Nelson Soares (PR) – Capivari

Respondendo ao comentário de Bombonatti sobre o atendimento da indicação feita por Soares quanto à pintura de lombadas.



Várias lombadas estão sendo feitas, mas são lombadas ao contrário, que são os buracos”
Vereador Valdir Vitorino (PDT) – Capivari

Ironizando o breve debate entre os vereadores no plenário capivariano.



Porque eu não consigo sair da prefeitura antes das 22h todos os dias?” Prefeito Luis Donisete Campaci (PMDB) – Capivari

Questionamento, que segundo o prefeito, é feito a outros chefes do executivo para avaliar se todos vivem a mesma realidade.

Economia Doméstica

Planejamento Financeiro


Marcus Vinicius Pereira


Quando temos o controle dos gastos mensais, conseguimos colocar em prática um plano de aplicar todos os meses parte da renda. No futuro, podemos contar com um capital suficiente para a realização de algum sonho.
Somente a partir de um orçamento bem administrado e com conhecimento dos produtos de investimentos e de crédito, é possível estabelecer um planejamento financeiro. É fundamental que os objetivos definidos reflitam os seus valores e necessidades, e não apenas desejos desenfreados de consumo.
Por exemplo: custear a mensalidade da universidade, realizar a viagem dos sonhos, comprar um carro, adquirir um imóvel, ter um padrão de vida no futuro, etc. Pois bem, ainda devemos estipular qual é o prazo necessário para alcançar tal objetivo e definir o montante de recursos financeiros poupados para atingir o tal objetivo. Se for de longo prazo, podemos diversificar o investimento com a renda variável, o que poderá proporcionar maior retorno. Comece agora mesmo a dar vida ao seu sonho. Quer saber como?
Na próxima semana, vamos dar dicas de como acumular uma reserva para a realização de um sonho. Boa semana.
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Marcus Vinicius Pereira é consultor empresarial e financeiro.

Pesquisa: Aprovação do governo Lula continua alta


A aprovação ao governo Lula recuperou o mesmo patamar de setembro do ano passado, com 69% de respostas ‘bom’ e ‘ótimo’, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. É a segunda melhor avaliação do governo desde a posse do presidente Lula, em janeiro de 2003 – o recorde é de dezembro de 2008, com 73%. Em junho deste ano, na rodada anterior da pesquisa, o índice de ótimo e bom havia sido de 68%. A variação ficou dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais. A aprovação à maneira como o presidente administra o país também se manteve elevada.

Na atual rodada da CNI/Ibope, 81% dos 2.002 entrevistados, de 142 municípios, disseram aprovar o governo. Outros 17% responderam que desaprovam e 2% não responderam. Na rodada anterior, a aprovação tinha ficado em 80%. O recorde de aprovação foi em dezembro do ano passado, com 84%. Os entrevistados atribuíram uma nota ao governo do presidente Lula maior do que na rodada anterior da pesquisa, feita em junho. A nota média do governo ficou em 7,6, numa escala de zero a 10. Há um ano, a nota fora 7,4 e, na pesquisa anterior, de 7,5. O recorde é de dezembro de 2008, com 7,8. A pesquisa CNI/Ibope, feita entre os dias 11 e 14 deste mês, mostrou que a confiança no presidente Lula se manteve.

Quatro entre cinco entrevistados (76%) responderam confiar nele, mesmo número da pesquisa de junho. A maior confiança demonstrada no presidente foi em dezembro do ano passado, quando 80% assinalaram essa opção. Na comparação entre o primeiro mandato e o segundo, 44% dos entrevistados responderam que o segundo está sendo melhor, 40% disseram que está sendo igual e 14% que está sendo pior (1% não respondeu). Na avaliação por áreas de atuação, a população aprova o governo em cinco áreas, com destaque para o combate à fome e à pobreza (68% de aprovação), e desaprova em outras quatro áreas. A maior desaprovação, com 56% das respostas, foi na área de segurança pública.


Fonte: CNI

Hoje é dia de luta!





Maria Amélia Ferraciú Pagotto


Não que nós, brasileiros, não tenhamos todos os dias uma sagrada luta a ser travada em defesa de tantos direitos desrespeitados por governos, autoridades ou cidadãos, e que o fazem sob tantos pretextos, que chegamos até a pensar se vale a pena continuar lutando. Bem, não importa. Importa marcar a data de hoje e, de alguma maneira, procurar uma forma de engajamento nessa luta. Hoje é o Dia de Luta da Pessoa com Deficiência, que resultou de uma campanha criada em 2005, coordenada pelo CONADE - Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, com o objetivo de criar condições plenas de acessibilidade para que nada menos que cerca de 25 milhões de brasileiros possam viver plena e dignamente e, acima de tudo, exercer sua cidadania. Como podemos ver, o número expressa algo muito distante do conceito de ‘minorias’.

Mais de 25 milhões de brasileiros, com algum tipo de deficiência física encontram, ainda, toda sorte de dificuldade para ter acesso aos edifícios públicos, ou andar pelas ruas, porque faltam rampas e elevadores. As mesmas dificuldades são enfrentadas para encontrar vaga no mercado do trabalho e isso não acontece por falta de políticas públicas adequadas, afinal a Lei 8.213, que obriga as empresas com 100 ou mais funcionários a terem em seus quadros um percentual mínimo de trabalhadores com deficiência ou reabilitados pela Previdência Social, já completou maioridade: já tem 18 anos e é responsável pelo emprego de (apenas) 350 mil deficientes. No entanto, segundo dados do Ministério do Trabalho, menos da metade das empresas (44,5%) cumpre tal exigência. Da mesma maneira, as reservas de cotas para deficientes nos concursos públicos tem sido terrivelmente desrespeitada.

Se atualmente as razões para a luta pelos direitos da Pessoa com Deficiência são imensas, resta uma esperança a ser diariamente alimentada e levada a frente por parte de pais, alunos e de todos os cidadãos: ela vem da área da Educação. Apesar de todas as dificuldades para implantar as condições necessárias para uma educação que respeite a diferença e combata todas as formas de exclusão, a Lei de Diretrizes e Bases/1996 – LDB – quer garantir que todos os alunos, mesmo os que apresentam condições que afetam diretamente a relação ensino aprendizagem devam ser inseridos no sistema regular de ensino, com o mínimo possível de distorção idade-série. A escola precisa estar pronta para receber e travar justa e rica relação de formação e convivência com alunos que apresentem deficiências como: auditiva e visual, mental, transtornos de comportamento ou condutas típicas - autismo e psicoses-, deficiências múltiplas (paralisia cerebral, surdocegueira), altas habilidades (superdotados), e deficiências físicas.

Construir condições para um Escola Inclusiva, formando nova geração de pessoas que respeitem as diferenças e possam conhecer de perto as dificuldades dos que possuem algum tipo de deficiência, pode vir a ser um caminho, ainda que longo, para que futuros arquitetos, médicos, comerciantes, engenheiros, representantes populares, professores, dentistas, adminsitradores, contadores, artistas, jornalistas, ou seja, todos os tipos de profissionais, olhem para o passado e sintam um certo mal-estar ao reconhecer uma longa era na qual a vida social foi organizada tão somente para viabilziar o trânsito e a sociabilidade de uma pequena minoria de pessoas que a tudo teve acesso, sem precisar de qualquer tipo de adaptação. Hoje é dia de Luta. Hoje é o Dia de Luta da Pessoa com Deficiência.

Direto da Capital Federal










Bile Zampaulo, direto da Capital Federal


Logo que comecei a trabalhar em Brasília, em março desse ano, fiquei muito entusiasmado quando li a notícia que reproduzo de forma resumida abaixo, relacionada à minha área de atuação, ou seja, o desenvolvimento social e combate à fome. Me parece que esse texto é do Luis Nassif, me perdoem se me equivocar.

“Uma certa distribuidora de gás precisou realizar, em meados de 2008, investimentos de R$ 160 milhões para a aquisição de 8.000.000 (oito milhões) de botijas de gás, tanto para substituir aquelas cuja vida útil se esgotara, como para repor as botijas compradas por novos consumidores.

Dos quais 2.500.000 destinavam-se exclusivamente a região Nordeste, para repor vasilhames vendidos sem retorno.

Tradução: 2.500.000 de famílias deixaram de consumir lenha para consumir o gás GLP, exclusivamente na região nordeste.

A distribuidora identificou o que estava por trás desse movimento:
a) Bolsa Família
b) poder de compra do salário mínimo
c) empréstimo consignado
d) maior oferta de emprego

O cartão do Bolsa Família serve, entre outras coisas, para comprovar renda. Assim, o despossuído que antes dependia de lenha prá cozinhar, conseguiu ir até a loja e comprar um fogão por R$ 200, em 18/24 meses, e pela primeira vez comprar um bujão de gás. Daí a necessidade de reposição de 2.500.000 de unidades. Registre-se que isso não aconteceu de repente, foi entre 2003 e 2007”.

Não é fantástico? Eu que nunca gostei, ou achava que não gostava de economia, comecei a ler mais, a procurar entender as relações intrínsecas entre um programa de distribuição de renda e a economia do país, pois fica claro que o que parece ser muito pouco para ajudar uma família, na prática é muito, e para aqueles que juram que o Bolsa Família (BF) gera um bando de pessoas sem nenhuma autonomia, ou vagabundos, como defendem muitos desinformados, fica aqui um exemplo da amplitude de um Programa que dá dignidade, oportunidade e autonomia aos beneficiários, pois são eles que decidem o que fazer com o auxílio, e vale aqui mais uma informação, a maioria das famílias usa esse dinheiro para comprar comida ou material escolar para os filhos.

Quando o Governo Federal destina bolsas de estudo aos filhos bem alimentados da classe média e alta todos acham legítimo, e nesse caso são bolsas de valores dez vezes maiores que o BF, mas quando se trata de olhar para pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza e que nunca tiveram um governo comprometido com sua causa, daí todos querem achar uma forma de estigmatizar tal programa. Tem muitas irregularidades! Gera vagabundos! Colabora com o aumento do número de filhos! É apenas para comprar o voto dos pobres! E tantas outras acusações descabidas, infundadas, preconceituosas. O fato é que o Bolsa Família é uma realidade, veio para ficar.

A economia, distribuidoras de gás, redes de supermercados, lojas da linha branca, quitandas, livrarias, e é claro, milhões de famílias agradecem por essa intervenção do poder público em suas vidas.

Hojé é o Dia Mundial Sem Carro


O Dia Mundial Sem Carro é um movimento que começou em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20, e desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada edição mais adesões nos cinco continentes. Trata-se de um manifesto/reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso intenso de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis - entre os quais se destaca a bicicleta.

Belo Horizonte tem aderido de forma tímida, mas crescente a cada ano, ao Dia Mundial Sem Carro, com campanhas e fechamento de ruas para uso exclusivo de pedestres. Em 2005, foi realizada a primeira pedalada promovida pelo MTB-BH. Em 2006, o pedal-manifesto se repetiu, dessa vez fazendo parte da programação oficial da data, e contando com cerca de 170 ciclistas. E desde então o número vem aumentando a cada edição.

Bicicleta
A bicicleta é um excelente meio de transporte, sobretudo para pequenas distâncias. Leva seu condutor de porta a porta, permite a prática de uma atividade física simultânea ao deslocamento, tem custo baixíssimo e é minimamente afetada por engarrafamentos. Mesmo numa cidade de relevo acidentado como Belo Horizonte, a atual tecnologia de marchas permite a circulação por ruas inclinadas com relativa facilidade. Muitas pessoas têm percebido isso, e o número de ciclistas na cidade tem aumentado visivelmente.

Porém, a nossa infra-estrutura para o uso da bicicleta como meio de transporte é precária. Há pouquíssimos bicicletários e paraciclos, poucas empresas dispõem de vestiários para incentivar seus funcionários a ir de bicicleta para o trabalho, as ciclovias são quase inexistentes e as que existem são pouco estratégicas, o trânsito é hostil aos ciclistas. É com a intenção de procurar reverter esse quadro que o Mountain Bike BH participa do Dia Mundial Sem Carro.

Automóveis


Os malefícios causados pelo uso de automóveis são inúmeros e evidentes: poluição atmosférica, efeito estufa, poluição sonora, congestionamentos, doenças respiratórias, sedentarismo, irritabilidade, perda de tempo, consumo de combustíveis fósseis, acidentes, comprometimento de grande parte da renda das pessoas.
Além disso, as viagens de carro degradam a relação dos indivíduos com o espaço público, transformando a rua em um indesejável obstáculo a ser superado no deslocamento de um ponto a outro. Elas também significam um uso desproporcional das ruas, já que a imensa maioria dos carros leva apenas uma pessoa - o que é ainda mais grave em áreas densamente povoadas.
Por fim, o automóvel é um meio de transporte não universalizável, já que seria impensável a existência de um carro por habitante no mundo.


do mountain bike BH